Sem as árvores não seríamos humanos. A Vitória do Porto e Lisboa por a-486. O sol, entre calimas, à frente. Porque nós vamos pro Oriente. Canas e juncos. Em Lucena nos saem pra ganhar cavalos. Uma manada, metade branca, metade castanha. Na realidade, os cavalos, brutos nobres, nos ignoram. Entre pinhais e com a companhia de Rokia Traoré vemos brilhar, as tiras de plástico, que abraçam os sulcos com os plantação de morangos. Tiras tensas, de uma perfeição ilusória, artificial. Fazem-nos amadurecer de pressa. Muitos plantação vêm dos EUA, plantam-se primeiro entre pinhais e arenas de Campinas, pra terminar de amadurecer na Andaluzia.
Será que é rentável tanta alteração? Avançamos, ou isso, achamos que, por a a-484, e não somos nós divergimos em Almonte. Houve um tempo em que quis fazer a romaria do Orvalho. Agora agora não vejo o sentido. Azáleas, canteiros para filhos de Rúben e de Juan Ramón que passam apressados a bordo de seus veículos com ar condicionado.
Voltamos a fazer arapucas por alguns quilômetros, seduzidos pelo azul de uma auto-rua. Será pecado, porém será venial. Quando não se sabe dirigir não se podes ambicionar que o motorista se prega sempre a nossos desejos. A rodovia é como a existência contemporânea nas mídias sociais.
Não parece deixar uma marca, entretanto quebra a paisagem com a mesma agressividade com que elas roturan da consciência. Como Vamos em busca de que? Solidão, apresenta-me o nome exato das coisas. Deixamos a rodovia ultra-rápida em Ferraria de por a-481. Porque a auto-rodovia oferece sono.
É como uma jibóia. À vista os olhos e neste momento está perdido. Sobre tudo por causa de se nublar o conhecimento, se persuade de que, na verdade, leva-o para onde você quer deslocar-se. E o pior é que é verdade, e você perde tudo o que não estava calculado pela viagem, quer dizer, no curso da vida. Graças ao desvio, ao tran-tran da avenida lenta (por que muitos correm que se descascam) lemos avisos que nos falam de outra existência: “Atenção: zona de passagem de linces”.
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Ah, os linces de Doñana, o parque que vai contornando o norte. Outro enigma que atrai os presidentes, como se esse boato natural que lhes fosse inerente. Se pelo menos estivessem a inteligência em pântanos e no pico das garças. Mas, como adverte Zygmunt Bauman, o pai da modernidade líquida, “o poder não controlam os políticos e a política não tem poder para mudar nada”. No bar do teu Hotel, de Ferraria, parece como se o exército português, de manobras, que teria levado o povo e transformou o ambiente em sede de seu estado-superior. Gostaria De saber quartel são? Aqui o único que há é o quartel da Guarda Civil.
Não são soldados. É que gosta de se vestir bem, para conservar os animais. Com traje de camuflagem e de abate, alguns com a bandeira nacional costurada no lugar dos galões, nota-se que são começado cedo e têm uma fome canina. Não há mulheres. A caça é uma coisa de homens.
Há uma camaradagem de encerramento de curso, de passeio, de regozijo a pólvora e o suor. A cozinha do Hotel não para de despachá-aço inoxidável de pão com presunto que os falsos recrutas (alguns agora talluditos como cabos furrieles ou sargentos resabiados) ilustram com molho de tomate e alho e devoram com fruição. Coisa de homens. Ao sair de novo à iluminação, que se vai fazendo ofuscante, nos cruzamos com um tipo com cara de poucos amigos do que puxam dois cachorros, um branco e outro preto, um de cada lado.