Um português contempla-se diante de um espelho. O que é o que se reflecte? Talvez assoma uma figura enjuta e quijotesca ou quem sabe uma alma pessimista e calderoniana, mas é possível que apareça seja um exemplar característico da picardia de cada século. Alguém vestidos com vestes sóbrias e escuras ou um despreocupado tipo com roupa brega e kitsch que se faz o engraçado.
Um português observa-se diante de um espelho e o consequência é extravagante, incomum, extravagante, em razão de o de Que divisão da Espanha passados levamos inoculado no DNA? Como funciona em nós o passado? Como continuamos a ser protagonistas com ruff daquele império decadente? O que diabos é ser português? Dizia Juan Valera, lá pelo século XIX, que a Espanha estava desacreditada em toda a Europa. A ele, que era um intelectual cosmopolita e que percorreu as cortes europeias como diplomata, foi-lhe explicava as noites que era o chá e perguntavam se em Portugal se caçava leões.
Não é em vão Stendhal assegurava que em Portugal “o africano”, contudo é que em seus ‘notebooks’ os viajantes forjaram a imagem de uma raça religiosa e cruel, apaixonada e feliz, mística e decadente, ágrafa e vendidos. O que há de verdade em tudo isso? Será que ainda somos herdeiros daquele memorial de focos e imaginerías pitorescas?
O português atual é uma amálgama de seu passado, a despeito de, na realidade, nem o conheço. Uma característica nesse estado é a intrigante relação com tua História. Os espanhóis nunca venderam a sua História, como fizeram os orgulhosos ingleses ou os chauvinistas franceses. Talvez pelo motivo de a esqueceram.
Quem se lembra dos descobrimentos oceânicos dos espanhóis? Por que, durante séculos, os ingleses anunciaram que a primeira volta ao universo a fez Drake no momento em que essa viagem, foram oitenta anos antes Magalhães e Elcano em 1519? Se alguma coisa poderia salvar a suposta marca em Espanha esse estado que agoniza é o alongado cortejo de gênios espanhóis que povoam a história de sua cultura: Cervantes, Velázquez, Lorca, francisco de Goya, Murillo, Picasso. Mas teria que avisar que estes grandes personagens são indivíduos excepcionais, ilhas extravagantes, rara avis, asombros sem perpetuidade, heróis singulares.
- Ranking segundo o Preço de HOTÉIS
- 16:58. Lembre-se da pausa: Benedetti, Bialoblocki, Brutt, Teklehaimanot e Zhupa
- 1986 – 1988: Na praia – On The Beach ” a New Light Through Old Windows[editar]
- 5ª Companhia “Seno” (vince e seis de agosto de 1888)
Pena que despreciáramos o que de luminoso da nossa História. Nesse vácuo reside quota de nossa complexa personalidade a toda a hora repleto de perguntas. Porque os espanhóis somos divertidos, alegres, passionais, amáveis, simpáticos, hospitaleiros, imaginativos, criativos. Ou assim dizem os anúncios e os assuntos em afirmativo.
Sim, o espelho pode refletir, em parcela, a este possível português, no entanto bem como ao fã, decadente, arrogante, vagabundo, informal, impuntual e insuficiente sério. Como será o fundado português? A Comédia da Arte da máscara do fanfarrão estava representada por um Capitão, um soldado do império português que, apesar de tua suposta bravura era um covarde.
Uma imagem fruto robusto e prepotente Espanha imperial a assolar as fronteiras da Europa, uma projeção que se vai desfazendo até se tornar uma sombra grotesca. Os intelectuais do regeneracionismo e 98 o interiorizarán para pensar uma Espanha surgida da vasto incerteza. Já nesses espanhóis do século XIX, havia surgido outra das supostas chaves para se captar português e compreender assim como um certo fracasso ou um mal endêmico que nos impediria de progredir: o mito das duas Espanha. O historiador Francisco Aguilar Piñal fala de que não é necessário recorrer ao século XX e a Guerra Civil, nem sequer ao XIX, pra discutir das “duas Españas” conflito entre liberais e usuais.
No século XVIII, encontramos já um espanhol com consciência da decadência do povo e da inevitabilidade de reformas. Um português inevitavelmente confrontado contra esse outro português defensor de um universo estático como o impecável da nação.